sexta-feira, 4 de março de 2011

Mitos sobre a educação à distância

A educação à distância é uma modalidade de ensino que ganha cada vez mais espaço nos dias atuais, devido às facilidade de acesso ao ensino, mais alguns mitos ainda persistem sobre o EAD e o artigo abaixo derruba alguns desses mitos.

Especialista derruba 10 mitos sobre a EAD
Paulo Chico
Após uma fase de modismos, o e-learning se consolida como alavanca para o capital humano. Porém, ainda restam muitos mitos que rondam o sistema de ensino e treinamento à distância. Todos, na verdade, frutos da falta de informação. Dentre esses preconceitos que ainda pesam sobre a EAD, estão a dificuldade de estimular a participação do aluno, bem como a falta de procedimentos para avaliá-los.
Os 10 maiores mitos sobre a EAD estão aqui listados, e são comentados e esclarecidos pelo diretor de Tecnologia da Digital SK, Romain. A Digital SK é uma empresa franco-brasileira que desenvolve soluções completas, abertas e integradas de e-learning para projetos de educação corporativa e acadêmica. Presente no mercado brasileiro há cinco Anos, atende clientes como Citroën, L’oreal, HSBC, Volvo, Renault, Electrolux, Sebrae e Senai, entre outros.
Confira as explicações do professor e prepare-se para desenvolver um outro olhar sobre a educação à distância:
MITO 1:
Para aprender é preciso assistir às explicações do professor. Por isso o ensino baseada na web não é eficaz.
Este é um dos grandes mitos que rondam o e-learning. Conhecimento não se transfere, mas se constrói; o futuro do aluno depende menos de quem sabe sobre um determinado assunto e mais de como esse aluno vai aprender. E o e-learning considera a individualidade do desenvolvimento intelectual, procurando um equilíbrio entre ensinar e respeitar o ritmo de cada um. Além disso, traz para o aluno uma responsabilidade sobre seu desenvolvimento, colocando-o como o principal ator do seu aprendizado. De ouvinte, ele passa a participante e, assim, muitas vezes o ensino por meio da tecnologia se torna mais eficiente que o tradicional.
MITO 2:
É impossível prender a atenção do aluno em um ambiente virtual de aprendizagem. Este é um mito muito comum. Porém, por meio de escolha de sistemas apropriados e da aplicação de uma didática adequada, é possível criar um ambiente totalmente interativo, no qual o aluno é incentivado a avançar a cada etapa. Plataformas virtuais de ensino devem ser capazes de integrar o imenso leque de ferramentas interativas disponíveis hoje em dia, que possam contribuir para despertar e manter a atenção do aluno, como webtvs, por exemplo.
Outra possibilidade é a utilização de monitoria, que acompanhe e incentive o aluno em seu treinamento.
MITO 3:
Conteúdos auto-instrutivos contribuem muito pouco para a aprendizagem.
Pelo contrário, ao dar autonomia e recurso ao aluno, o mesmo assume uma postura completamente diferente em relação aos objetivos de aprendizagem. Vale ressaltar que, com a diversidade de opções disponíveis hoje para se criar tutoriais (védeos, wikis, podcasts), seu uso fica ainda mais efetivo.
MITO 4:
A internet é uma ferramenta inacessível à maioria da população.
A internet ainda é uma ferramenta de acesso restrito à grande parcela da população brasileira, assim como o próprio sistema de ensino. Porém, isso não impede a difusão do elearning. Primeiro, porque de acordo com os dados da última pesquisa realizada pelo Ibope, hoje já são mais de 67 milhões de brasileiros com acesso à internet, a partir de ambientes diversos como residência, trabalho, escolas e lan houses. Isso mostra que existem várias opções de acesso, mesmo para quem não tem conexão em casa. Segundo, porque, em se tratando de treinamento corporativo, é comum as empresas oferecerem o ambiente com acesso aos seus colaboradores. O mesmo acontece na área acadêmica, para complemento de cursos de graduação e pós-graduação, quando as escolas disponibilizam seus laboratórios aos alunos. Sempre há uma forma de se conectar.
MITO 5:
Não há como medir os resultados, nem como monitorar o treinamento. Ocorre exatamente o oposto. O uso do e-learning facilita o acompanhamento e a medição dos resultados, de forma mais refinada e ágil do que em treinamentos presenciais. Para tanto, a escolha correta do LSM (Learning Management System) é decisiva. Plataformas virtuias como o Moodle (WWW.moodle.org) permitem não apenas que os alunos realizem seus cursos, mas também que os tutores e responsáveis possam gerenciar aspectos logísticos e didáticos dos treinamentos, realizando um acompanhamento individual ou por turmas.
MITO 6:
A EAD requer uma infra-estrutura própria e muito cara. A grande maioria das empresas que optam por utilizar e-learning já possuem uma estrutura adequada, necessitando apenas realizar pequenos ajustes. Além disso, é muito importante ressaltar que o e-learning pode e deve ser desenvolvido de acordo com a infraestrutura disponível, adequando-se a realidade do usuário em termos de hardware e conexão.
Em resumo, as empresas compram o serviço de e-learning e só precisam garantir o acesso a este serviço.
MITO 7:
O ensino a distância é muito impessoal e não considera as características individuais que podem ser ‘percebidas’ pelo professor em uma sala de aula tradicional. De fato este foi um grande mito. Mas com o avanço da tecnologia e a grande variedade de serviços web disponíveis, é cada vez mais fácil oferecer recursos que atendam às restrições e afinidades de cada usuário.Podcarts, wikis, webtvs, fóruns, conteúdos multimídias games, chats, micro-bloggins, realidade aumentada, redes de relacionamento são alguns exemplos de como a tecnologia oferece ao usuário a oportunidade de escolher o recurso de acordo com seu perfil. Já a flexibilidade oferecida pelo e-learning desempenha um papel fundamental na questão da personalização, uma vez que o usuário escolhe o melhor momento para realizar o treinamento, com a duração que julgar necessária. Por exemplo, atividades on-line com previsão de 30 minutos de duração são realizadas por alguns alunos em 20 minutos, enquanto outros levam até 50 minutos. Reunindo essas pessoas em uma sala de aula, o ritmo imposto não agradaria a ninguém. O e-learning traz ainda uma dimensão social online, por meio de chats e fóruns que promovem o contato entre seus usuários, assim como por intermédio do acompanhamento de monitores durante o processo de aprendizagem.
MITO 8:
Apenas adolescentes ficam tanto tempo na web. Os adultos, profissionais e estudantes, não têm esse hábito, sobretudo aprender. Um profissional com aproximadamente 30 anos, provavelmente descobriu a internet ainda na faculdade. E hoje, passa, em casa, um tempo maior no computador do que na frente da TV ( os brasileiros são os maiores usuários com média de 23 horas por semana, sendo que 85% deles acessam redes sociais e quase todos assistem vídeos on-line e muitos usam o telefone celular não apenas para fazer ligações, mas também para receber notícias, atualizar seus blogs e usar outros serviços da rede). Isso que dizer que é um trabalho motivador, criando experiências que necessariamente precisam passar pelo online, uma vez que seus colaboradores estão acostumados a esse universo fora do trabalho.
MITO 9:
Produzir conhecimento para e-learning demanda investimento superiores. Este talvez seja o mito que necessite maior explicação, já que realmente foi verdade há algum tempo atrás, por duas vezes. A primeira é que quando o e-learning começou a ser mais amplamente utilizado, não havia por parte das empresas contratantes a tampouco dos fornecedores uma preocupação em adaptar o conteúdo para um novo estilo de aprendizagem, apenas transferindo o conteúdo impresso pra a tela do computador. Obviamente, os resultados não eram satisfatórios e o investimento acabava realmente com uma relação custo x benefício menos interessante que nos treinamentos presenciais. A segunda e mais importante razão continua a ser realidade em algumas instituições inda hoje: a produção de conteúdos difíceis de serem atualizados e que somente se aplicam a um tipo de mídia. Isso faz com que cada mudança ou atualização no conteúdo, seja necessário praticamente refazê-lo, gerando um novo custo. Ou que para aplicação em mídias diferentes (como gravação em webcd ou acesso via celular, por exemplo), o cliente seja obrigado a contratar um novo serviço para refazer o mesmo curso, em outra versão. Mas isso não PE mais realidade para fornecedores que trabalham com o conceito de acervo de conteúdos multimídia. Por meio de plataformas de produção de conteúdo como o SCENACARI, PE possível criar acervos digitais que permitem até ao próprio cliente realizar suas atualizações.
MITO 10:
O e-learning pode substituir o presencial?
Esse é o mito clássico que ronda o ensino a distância. O e-learning e o ensino presencial são complementares. Ocorre que, cada vez mais, o e-learning tende a substituir o presencial quando o deslocamento dos participantes ou dos instrutores não é viável e o assunto permite ser discutido a distância. Para estes casos, sim, o e-learning está assumindo o lugar do ensino de sala de aula. Porém, nem todos os temas permitem ser 100% tratados a distância. O desenvolvimento de habilidades com forte componente humano (relacionamento interpessoal, por exemplo) vão continuar demandando que o treinamento seja presencial. Mas isso mão impede que parte dele seja feita online.
FONTE: Caderno Especial – parte integrante da Folha Dirigida. Junho de 2010. Especial
Educação a Distância- pág. 20 e 21.

Um comentário:

  1. Muito bom esse texto, já tive experiência com as duas modalidades de ensino: a distancia e presencial.Realmente tudo depende do interesse do aluno.

    ResponderExcluir